Entre os interlocutores do governo, a ideia com trocas de comando na Agência Brasileira de Inteligência é otimizar a apuração da PF sobre espionagem ilegal
O Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, em Brasília (DF), está em busca de um nome para substituir Luiz Fernando Corrêa no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com a coluna de Guilherme Amado, publicada nesta terça-feira (5), a avaliação é que a saída de Corrêa é necessária para otimizar a investigação sobre o uso ilegal da instituição para o monitoramento de opositores do governo Jair Bolsonaro. Houve cerca de 30 mil monitoramentos ilegais, informou o atual diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), FirstMile foi o programa usado no esquema de espionagem. Sua compra não aconteceu na gestão de Corrêa na Abin, mas envolveu Maurício Fortunato Pinto, indicado por ele e que ocupava o cargo de secretário de Planejamento e Gestão. Terminou sendo exonerado no ano passado.
A aquisição do programa aconteceu no governo Michel Temer (2016-2018, sem licitação, a um custo de R$ 5,7 milhões. De acordo com a Abin, o programa foi usado pelos agentes por aproximadamente 18 meses, entre dezembro de 2018 e maio de 2021.
Os investigados podem responder por crimes como organização criminosa, e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles
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