Apenas dois órgãos responderam ao pedido da Advocacia-Geral da União sobre a apuração para responsabilização civil dos danos causados pela força-tarefa
As investigações com
o propósito de responsabilizar agentes públicos por suspeitas de
irregularidades cometidas durante a Operação Lava Jato enfrentam obstáculos
significativos na obtenção de informações de outros órgãos. Segundo a Folha de S.
Paulo, mais de seis meses após serem anunciadas, as investigações
permanecem inconclusas devido a falta de informações que deveriam ser
repassadas pelos órgãos de fiscalização e controle.
As apurações foram iniciadas em meio a uma revisão dos
procedimentos da operação, defendida por uma ala de ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF), como Dias Toffoli e Gilmar Mendes, além do próprio
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Em setembro do ano passado, Toffoli determinou a anulação de
todas as provas provenientes do acordo de leniência da Odebrecht (atualmente
Novonor), em uma decisão que criticou a prisão ilegal e política de Lula:
"um dos maiores erros judiciários da história do país". Ao mesmo
tempo, solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) que iniciasse uma apuração
para responsabilização civil pelos danos causados pela União e por seus agentes
devido a práticas ilegais.
A AGU, em resposta, anunciou a criação de uma força-tarefa
com o objetivo de reparar os danos causados por decisões proferidas pelo
ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e por membros do
Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, as
apurações ficaram estagnadas, e até o momento não houve avanços significativos
na apresentação de peças à Justiça para ressarcimento de recursos.
Ainda segundo a reportagem, as dificuldades encontradas envolvem
a obtenção de informações de órgãos de fiscalização, como a Procuradoria-Geral
da República (PGR), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU), bem
como do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica
Internacional do Ministério da Justiça (DRCI). Até o momento, apenas o TCU e o
DRCI forneceram as informações solicitadas.
Além das investigações conduzidas pela AGU, outras
apurações abertas em órgãos como a corregedoria do CNJ também estão em
andamento para investigar possíveis irregularidades no controle de valores
oriundos de acordos firmados pela força-tarefa da Lava Jato.firmados pela
força-tarefa da Lava Jato.
Fonte:
Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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