sábado, 9 de março de 2024

Mauro Cid: a minuta do golpe tinha ordem para ‘prender todo mundo’

 Aliados de Bolsonaro que tentariam uma ruptura institucional defendiam a prisão de outras lideranças, e não apenas dos ministros do STF

Mauro Cid e Jair BolsonaroMauro Cid e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS)

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que uma das versões da minuta golpista discutida pelo então presidente no apagar das luzes de 2022 tinha uma extensa lista de autoridades para serem levadas à cadeia, e não somente os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Investigadores apuram quem seriam os nomes da lista. As apurações para saber os alvos dos pedidos de prisão podem ter cruzamento de informações com a investigação da 'Abin paralela', sobre monitoramentos clandestinos feitos pela Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro. A PF havia dito que cerca de 30 mil espionagens ilegais foram identificadas

De acordo com informações publicadas neste sábado (9) por Veja, entre novembro e dezembro de 2022, Mauro Cid afirmou que "o documento tinha várias páginas de ‘considerandos’, que retratavam as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e, no final, um decreto que determinava diversas ordens que prendiam (sic) todo mundo".

O coronel afirmou que Bolsonaro "queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura". O tenente discutiu a elaboração da lista durante uma reunião com o então assessor para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, e com o advogado Amauri Saad.

Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Veja

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