Presidente reagiu às pressões pela queda
da ministra da Saúde: "ela é minha ministra e ninguém tira"
Durante a reunião
ministerial desta segunda-feira (18), o presidente Lula (PT) expressou
preocupação com a demora do governo em lidar com os casos de dengue e a crise
nos hospitais federais do Rio de Janeiro. No entanto, em um tom de firmeza,
Lula mandou um recado claro aos que pedem a queda da ministra da Saúde, Nísia
Trindade: "ela é ministra minha, não sai".
Segundo Valdo Cruz, do g1,
Lula ainda autorizou Nísia a empreender uma "limpeza geral" nos
hospitais federais do Rio de Janeiro, em resposta à situação crítica revelada
em uma reportagem do Fantástico, da TV Globo. Na matéria veiculada no domingo
(17), foram expostos problemas como aparelhos médicos quebrados, materiais
vencidos e uma rede elétrica comprometida, colocando em risco a vida de
pacientes e profissionais de saúde.
Durante a reunião ministerial, a ministra da Saúde disse
enfrentar críticas e pressões políticas, particularmente relacionadas aos
desvios e perdas de produtos nos hospitais federais do Rio. Emocionada,
Trindade recebeu o apoio do presidente Lula, que fez questão de reforçar sua
permanência no cargo, afirmando que "ela é minha ministra e ninguém
tira".
Após o encontro, Nísia Trindade iniciou imediatamente
ações para resolver os problemas nos hospitais, incluindo a demissão do diretor
de Gestão Hospitalar no Rio, Alexandre Telles.
Lula também abordou a questão da dengue, criticando a ênfase
excessiva do governo em falar sobre vacinas, apontando que não há vacina
disponível para todos os casos e que os prefeitos precisam realizar ações de
prevenção em vez de esperar pelo imunizante.
A reportagem do Fantástico revelou não apenas a
precariedade dos hospitais federais do Rio de Janeiro, mas também o impacto
direto na vida de mais de 18 mil pacientes que aguardam procedimentos médicos.
Com unidades referência em tratamentos de alta complexidade, como câncer,
cardiologia e transplantes, a situação coloca em evidência a urgência de
medidas efetivas para solucionar a crise na saúde pública.
Fonte: Brasil 247 com informações do g1
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