terça-feira, 19 de março de 2024

Lula cobra Nísia Trindade durante reunião ministerial, mas avisa: "ela é ministra minha, não sai"

 

Presidente reagiu às pressões pela queda da ministra da Saúde: "ela é minha ministra e ninguém tira"

Nísia Trindade e Lula
Nísia Trindade e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

 

Durante a reunião ministerial desta segunda-feira (18), o presidente Lula (PT) expressou preocupação com a demora do governo em lidar com os casos de dengue e a crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro. No entanto, em um tom de firmeza, Lula mandou um recado claro aos que pedem a queda da ministra da Saúde, Nísia Trindade: "ela é ministra minha, não sai".

Segundo Valdo Cruz, do g1, Lula ainda autorizou Nísia a empreender uma "limpeza geral" nos hospitais federais do Rio de Janeiro, em resposta à situação crítica revelada em uma reportagem do Fantástico, da TV Globo. Na matéria veiculada no domingo (17), foram expostos problemas como aparelhos médicos quebrados, materiais vencidos e uma rede elétrica comprometida, colocando em risco a vida de pacientes e profissionais de saúde.

Durante a reunião ministerial, a ministra da Saúde disse enfrentar críticas e pressões políticas, particularmente relacionadas aos desvios e perdas de produtos nos hospitais federais do Rio. Emocionada, Trindade recebeu o apoio do presidente Lula, que fez questão de reforçar sua permanência no cargo, afirmando que "ela é minha ministra e ninguém tira".

Após o encontro, Nísia Trindade iniciou imediatamente ações para resolver os problemas nos hospitais, incluindo a demissão do diretor de Gestão Hospitalar no Rio, Alexandre Telles.

Lula também abordou a questão da dengue, criticando a ênfase excessiva do governo em falar sobre vacinas, apontando que não há vacina disponível para todos os casos e que os prefeitos precisam realizar ações de prevenção em vez de esperar pelo imunizante.

A reportagem do Fantástico revelou não apenas a precariedade dos hospitais federais do Rio de Janeiro, mas também o impacto direto na vida de mais de 18 mil pacientes que aguardam procedimentos médicos. Com unidades referência em tratamentos de alta complexidade, como câncer, cardiologia e transplantes, a situação coloca em evidência a urgência de medidas efetivas para solucionar a crise na saúde pública.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1

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