O deputado do PT comentou sobre um texto postado pelo ex-ministro em rede social. Veja a íntegra das análises feitas por Lindbergh Farias e Ciro Nogueira
O deputado federal Lindbergh
Farias (PT-RJ) afirmou nesta terça-feira (19) que o ex-ministro Ciro Nogueira
(PP-PI) terminou admitindo a participação de Jair Bolsonaro (PL) em uma
tentativa de golpe.
"Ciro Nogueira é o primeiro ministro de Bolsonaro a
admitir que seu ex-chefe é mandante do golpe. Afirmar que os comandantes
militares prevaricaram equivale a reconhecer a criminosa tentativa de golpe
contra a democracia brasileira", escreveu o parlamentar na rede social X.
O ex-ministro de Bolsonaro comentou sobre a investigação da
Polícia Federal sobre a trama golpista e afirmou estar "absolutamente
provado que há um criminoso inconteste". "Ou o criminoso que cometeu
prevaricação ao não denunciar ao país o 'golpe' ou o caluniador que o denuncia
hoje, não tendo ocorrido", afirmou Ciro.
No mês passado, a PF iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Bolsonaro.
Confira a agora a íntegra do texto
postado por Ciro Nogueira e que gerou o comentário de Lindbergh:
Quer dizer que agora um Chefe, dois Chefes (?) de Forças
Militares testemunham um Golpe de Estado e não fizeram nada?
O General da ativa mais importante do país na ocasião que
ouviu uma ameaça grave à Democracia é o mesmo que agora bate no ex-Comandante
em Chefe que perdeu as eleições da mesma forma que bateria continência para o
mesmo Comandante em Chefe, caso ele tivesse sido reeleito?
É possível acreditar em quem bateria continência para o vencedor
com a mesma firmeza com que bate em retirada do derrotado?
Está absolutamente provado que há um CRIMINOSO INCONTESTE.
Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o “golpe” ou o
caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido.
O General mais importante do país, tão cioso da Democracia, em
dezembro de 2022, sairia de qualquer reunião imprópria, denunciaria qualquer
conluio e teria absoluto apoio da sociedade brasileira.
Borrar-se agora porque não pode fazer as continências que
faria é uma vergonha inominável.
Todos os militares têm o dever de honrar
sua farda. Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas.
Fonte: Brasil 247
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