terça-feira, 19 de março de 2024

Lewandowski afirma que delação de Ronnie Lessa traz ‘elementos importantíssimos’ para solução da morte de Marielle

 Lessa cita nos depoimentos autoridade que não estava no exercício da função na época do duplo homicídio, que completou seis anos na semana passada

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou hoje (19) que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu no duplo homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator das investigações na Corte.

— Nós sabemos que esta colaboração é um meio de obtenção de prova e traz elementos importantíssimos que nos leva a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Mariele Franco — disse o ministro da Justiça.

Ele fez a declaração após se reunir com Moraes a portas fechadas na Corte. No encontro, foi decidido que o ministro da Justiça faria o pronunciamento.

Preso pela execução das vítimas, Ronnie Lessa entregou em delação premiada firmada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) o nome dos supostos mandantes dos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STF), onde o caso estava tramitando antes, encaminhou o procedimento ao STF por entender que a Corte seria o foro adequado para apreciar as novas revelações.

Lessa cita nos depoimentos autoridade que não estava no exercício da função na época do duplo homicídio, que completou seis anos na semana passada. O Supremo é responsável pelo julgamento de autoridades como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais e integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.

O ex-PM foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes. Conforme a delação do também ex-policial militar Élcio de Queiroz, Lessa é apontado como o autor dos disparos que mataram a vereadora e seu motorista. Lessa foi expulso da corporação e condenado, em 2021, a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas no crime.

— [O caso] está agora nas competentes mãos de Alexandre de Moraes e dentro em breve teremos o resultado daquilo que foi apurado pela competentíssima atuação da Polícia Federal, que em um ano chegou a resultados concretos nessa investigação — disse Lewandowski.

Em fevereiro do ano passado, a PF abriu um inquérito para apurar o caso em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro por um pedido do então ministro da Justiça, Flávio Dino.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal  O Globo.

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