Nos anais da Câmara de Vereadores do Rio, não há registro de embates entre Marielle e o acusado de ter mandato mata-la, o então vereador Chiquinho Brazão
Somente o levantamento do sigilo do caso, que pode ser levantado ainda hoje pelo ministro Alexandre de Moraes, vai esclarecer as razões que efetivamente levaram os acusados a mandar matar Marielle Franco. Há muitos pontos obscuros no raciocínio segundo o qual a razão de fundo seria a regularização de terrenos na região de Jacarepaguá.
Nos anais da Câmara de Vereadores do Rio, não há registro de embates entre Marielle e o acusado de ter mandato mata-la, o então vereador Chiquinho Brazão. À época, Brazão apresentou projeto de regularização fundiária de áreas em 13 bairros da região de Jacarepaguá. O PSOL votou contra por suspeitar que a iniciativa favoreceria a atuação das milícias. Marielle, contudo, não liderou esse movimento, tampouco se colocou na linha de frente de combate a sua aprovação.
Segundo a delação de Ronnie Lessa, Marielle teria virado vítima por defender a ocupação desses terrenos por pessoas de baixa renda. Ele também queria que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio (Iterj) e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.
Os mandantes do assassinato apontados por Lessa buscariam, segundo ele, a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, sem respeitar o critério de área de interesse social, ou seja, o dono tinha renda superior à prevista em lei. O objetivo seria obter o título de propriedade para especulação imobiliária.
Fonte: Agenda do Poder
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