Ronnie Lessa e Marielle Franco — Foto: Reprodução
A expansão e exploração imobiliária liderada por milícias no Rio de Janeiro, especialmente na região oeste da cidade, está no centro da delação feita pelo ex-policial militar Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Segundo Lessa, em seu depoimento à Polícia Federal (PF), a vereadora confrontou indivíduos que defendiam a ampliação de áreas controladas por grupos milicianos no Rio. Essa discordância teria levado à contratação de Lessa para assassinar a parlamentar em 2018.
Vale destacar que a expansão e exploração imobiliária representam hoje uma importante fonte de receita para o crime organizado na cidade. Dados da prefeitura do Rio indicam que, entre 2021 e 2022, mais de 1.300 construções irregulares associadas a milícias foram demolidas, resultando em uma perda financeira estimada em R$ 646 milhões para os criminosos.
Em janeiro, a jornalista Vera Araújo revelou que a PF investigava uma disputa por terras em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, como possível motivo para o assassinato de Marielle Franco. Segundo a reportagem, Lessa informou aos investigadores que o mandante do crime defendia a regularização de uma área sem considerar critérios de interesse social, visando especulação imobiliária. Por outro lado, Marielle lutava para que a ocupação do terreno beneficiasse pessoas de baixa renda.
Fonte: DCM com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo
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