Depois de um
adiamento no ano passado a família do guarda municipal Marcelo Arruda vive a
expectativa de que o autor da morte do servidor seja julgado. Está previsto
para o dia 4 de abril, em Foz do Iguaçu, o júri de Jorge Guaranho, bolsonarista
que assassinou Arruda por motivações políticas.
Marcelo Arruda comemorava aniversário de 50 anos com amigos e familiares quando foi baleado por Guaranho, que é policial penal. O autor do crime invadiu o local da festa porque descobriu que o tema da celebração era o presidente Lula (PT), já que a vítima atuava como tesoureiro do Partido dos Trabalhadores na cidade.
Guaranho
teve acesso às imagens da câmera de segurança da Associação Recreativa
Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf) por meio de um terceiro e mesmo
sem conhecer a vítima foi até o local para insultá-lo. Ele invadiu a área
privada aos gritos de “aqui é Bolsonaro” e discutiu com a vítima antes de
deixar o local.
Segundo testemunhas o autor do crime retornou instantes depois, já armado, e atirou contra o aniversariante. Marcelo Arruda, que era guarda municipal, conseguiu reagir e também acertou o criminoso. Ambos foram socorridos, mas o petista não resistiu aos ferimentos. O assassinato ocorreu em 10 de julho de 2022.
Repercussão
O caso ganhou repercussão nacional pela brutalidade e provocou debate sobre violência política causada pelo bolsonarismo.
Guaranho está preso no complexo médico-penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba (RMC), onde aguarda julgamento.
O juri estava previsto para 7 de dezembro, mas foi adiado porque
a defesa do réu pediu mais tempo para juntada de provas.
O ex-policial penal responde por homicídio doloso
duplamente qualificado após denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) à
Justiça.
Fonte: Bem Paraná com Assessoria
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