Ex-jogador foi condenado a 9 anos de prisão por estupro
O julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), iniciado nesta quarta-feira (20), está 3 a 1 a favor de que o ex-jogador Robinho cumpra no Brasil a pena decidida pela Justiça da Itália, que o condenou a nove anos de prisão por estupro. O relator do caso, ministro Francisco Falcão, votou pelo cumprimento da pena e foi seguido pelos ministros Humberto Martins , Herman Benjamin e Luís Felipe Salomão. Já o ministro Raul Araújo foi contra. O julgamento prossegue.
“Entendo que não há óbice constitucional ou legal para a homologação da transferência da homologação da pena solicitada pela Justiça da Itália”, afirmou Falcão, primeiro do 15 ministros do STJ que podem votar no caso.
Para Falcão, como a Constituição não permite a extradição de brasileiro nato, não resta alternativa se não a transferência da pena. O ex-jogador encontra-se no Brasil. “Quando a extradição não for cabível, impõe-se a incidência da transferência de execução da pena, justamente para que não haja impunidade decorrente da nacionalidade do indivíduo”, pontuou.
“Defender que não se possa executar aqui a pena imposta em processo estrangeiro é o mesmo que defender a impunidade do requerido pelo crime praticado, o que não se pode admitir, sob pena de violação dos compromissos assumidos pelo Brasil em plano internacional”, complementou Falcão.
Isso porque o ordenamento jurídico brasileiro também impede que alguém seja julgado duas vezes pelo mesmo crime, frisou Falcão. Por esse motivo, se a sentença não for transferida para o Brasil, isso resultaria na impunidade.
O crime ocorreu em uma boate de Milão em 2013, mostram os autos do processo. A vítima foi uma mulher albanesa. A condenação de Robinho foi confirmada em três instâncias na Itália e transitou em julgado, ou seja, não há mais recursos possíveis.
Fonte: Agenda do poder com informações da Agência Brasil e do g1
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