Pelo menos quatro aspectos levantam suspeitas sobre as circunstâncias da fuga
Após a fuga de dois detentos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, a Polícia Federal conduz uma investigação detalhada que já lançou luz sobre os eventos que levaram à fuga e os possíveis crimes envolvidos. Segundo a polícia, há fortes indícios de facilitação de fuga e dano qualificado.
De acordo com informações levantadas pela investigação e obtidas pela Folha de S. Paulo, pelo menos quatro aspectos levantam suspeitas sobre as circunstâncias da fuga. O primeiro indício está relacionado às barras de metal utilizadas para retirar a luminária da parede da cela, abrindo caminho para os detentos acessarem uma área de manutenção conhecida como shaft.
Objetos de metal encontrados nas celas e no telhado, possivelmente utilizados como ferramentas, reforçam a suspeita de que a fuga foi premeditada e planejada com antecedência. Além disso, a descoberta de ferramentas de corte próximo ao tapume onde os detentos conseguiram romper a cerca do perímetro interno sugere uma coordenação cuidadosa e preparação meticulosa.
Outro aspecto destacado pela polícia é a falta de iluminação em áreas cruciais durante a fuga, sugerindo possíveis falhas no sistema de segurança da penitenciária. A descoberta de um alicate nas imediações também levanta questionamentos sobre a possibilidade de cumplicidade interna.
A investigação também revelou indícios de apoio externo aos fugitivos. A facção Comando Vermelho é apontada como a responsável por fornecer uma rede de apoio aos detentos evadidos, fornecendo recursos essenciais para sua sobrevivência e possível fuga.
Desde o início das buscas, várias prisões foram efetuadas. Para auxiliar nas operações de busca, cerca de 600 policiais, incluindo membros da Força Nacional, foram mobilizados, utilizando helicópteros e drones para explorar áreas de difícil acesso, como cavernas e matas densas. No entanto, as condições adversas, como a presença de animais peçonhentos e as chuvas frequentes, têm representado um desafio para as equipes de resgate.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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