quarta-feira, 6 de março de 2024

iFood se diz pronto para negociar com Lula regulação do trabalho por aplicativos

 Empresa diz que busca diálogo com o governo após críticas do presidente

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante assinatura de Mensagem de Envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Regulamentação do Trabalho por Aplicativos de Transporte de PessoasPresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante assinatura de Mensagem de Envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei de Regulamentação do Trabalho por Aplicativos de Transporte de Pessoas (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O diretor de políticas públicas do Ifood, João Sabino, expressou abertura para negociar com o governo em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a falta de regulamentação dos entregadores da plataforma no país. Lula havia destacado a ausência desses profissionais na nova categoria profissional criada para os motoristas autônomos de transporte individual por aplicativo, lançada pelo governo.

Sabino enfatizou que a empresa está comprometida em priorizar os interesses dos trabalhadores e está aberta ao diálogo com o governo federal. Apesar das divergências entre governo e empresa, que levaram a um impasse nas negociações, o diretor expressou confiança de que um acordo será alcançado em breve, segundo aponta reportagem do Valor.

Uma das principais questões em debate é a diferença entre o modelo de previdência dos motoristas de aplicativos e dos entregadores. Sabino ressaltou que, embora as categorias compartilhem semelhanças em alguns aspectos, como a natureza autônoma do trabalho, existem diferenças significativas nos ganhos nominais e na sazonalidade das entregas de alimentos.

O ponto central de desacordo parece ser a proposta de tributação discutida anteriormente, que, de acordo com Sabino, era pelo menos o dobro da atual. Ele também apontou que o modelo proposto pelo governo poderia resultar em uma carga tributária mais pesada para os trabalhadores com menores rendimentos, o que representa um ponto sensível nas negociações.

Fonte: Brasil 247 com reportagem do Valor

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