quarta-feira, 6 de março de 2024

Grupo pró-palestinos processa Canadá por exportações militares ao governo de Israel

Ottawa autorizou pelo menos US$ 21 milhões em novas permissões para exportações militares a Israel, país denunciado na Corte Internacional de Justiça por conta do genocídio em Gaza

Ativistas pró-palestinos protestam durante anúncio de financiamento habitacional do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em Edmonton, Alberta, CanadáAtivistas pró-palestinos protestam durante anúncio de financiamento habitacional do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em Edmonton, Alberta, Canadá (Foto: Amber Bracken / Reuters)

OTTAWA (Reuters) - Ativistas pró-palestinos e de direitos humanos do Canadá entraram com uma ação na Justiça nesta terça-feira contra o governo federal para que o país impeça a exportação de produtos e tecnologia militar para Israel. 

A ação apresentada a um tribunal federal argumenta que o "risco substancial" de essas exportações serem usadas para violar leis internacionais e cometer sérios atos de violência contra mulheres e crianças contraria as leis canadenses, informou um comunicado dos autores do pedido. 

Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza quase cinco meses atrás, em resposta a um ataque do Hamas em 7 de outubro que matou 1.200 pessoas. Mais de 30.000 pessoas foram mortas pelo ataque de Israel. 

Desde então, Ottawa autorizou pelo menos 21 milhões de dólares em novas permissões para exportações militares a Israel, mais do que o total do ano anterior, disseram os autores da queixa. 

O Ministério das Relações Exteriores do Canadá não tinha comentários em um primeiro momento. Israel afirma que respeita leis internacionais e que tem o direito de se defender após o ataque do Hamas. 

O primeiro-ministro Justin Trudeau tem dito consistentemente que Israel tem o direito de se defender após o ataque do Hamas de outubro. Autoridades seniores, no entanto, pediram um cessar-fogo imediato e sustentado para o conflito. 

Fonte: Brasil 247 com reportagem de Ismail Shakil na Reuters

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