Um dos objetivos é que as empresas possam voltar a participar de licitações públicas
A partir desta terça-feira, sete empresas implicadas na Operação Lava-Jato iniciarão conversas com representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU) com o intuito de renegociar suas dívidas, que somam impressionantes R$ 8,2 bilhões. As autoridades governamentais demonstram abertura para discutir prazos e modalidades de pagamento, visando evitar a inadimplência das empresas, o que poderia resultar na sua exclusão de futuras licitações públicas.
Além das questões financeiras, as empresas têm como objetivo principal a revisão das multas e a reavaliação jurídica dos delitos delatados. Elas buscam categorizar certas alegações de propina como casos de financiamento eleitoral ilegal, argumentando que as penalidades correspondentes deveriam ser menos severas. Esta estratégia visa não apenas reduzir as dívidas das empresas, mas também atenuar as penalidades impostas aos delatores, segundo aponta reportagem do Globo.
A decisão de iniciar as negociações vem após uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, que suspendeu temporariamente o pagamento das multas, após ação proposta pelo escritório Warde Advogados. Das nove empresas envolvidas, apenas duas conseguiram quitar seus débitos integralmente, enquanto as outras cumpriram menos de um terço do valor acordado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora reconheça a importância da responsabilização das empresas, também alertou para a necessidade de evitar falências que possam prejudicar a economia. O primeiro encontro entre representantes do governo e das empresas visa esclarecer os procedimentos das negociações, que seguirão com discussões individuais nos próximos dias.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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