José Guimarães disse que parlamentares chegaram a consenso sobre carga horária de 2,4 mil horas defendida pelo MEC
Brasil de Fato - O líder do governo na
Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), anunciou nesta terça-feira (19)
que o governo chegou a um acordo com os parlamentares para votar nos próximos
dias na Comissão de Educação o PL do Ensino Médio. A previsão é que o texto retome
as 2,4 mil horas de carga horária para a formação geral básica, com 1,8 mil
horas para os itinerários formativos.
Os valores são os que constavam da proposta apresentada
pelo governo em outubro do ano passado. Na prática, o texto retoma o que era
praticado antes do Novo Ensino Médio (NEM), aprovado durante o governo Michel
Temer (MDB) sob protestos de diferentes entidades, movimentos estudantis e
especialistas na área.
Havia uma expectativa de que o relator do PL, o deputado federal
Mendonça Filho (União Brasil- PE), propusesse em seu texto 2,1 mil horas de
formação geral básica e mantivesse, em grande medida, o teor da reforma
aprovada em 2017. Mendonça Filho foi o ministro da Educação de Temer e
responsável por construir e aprovar o NEM por meio de medida provisória.
Segundo Guimarães, porém, após uma intensa rodada de
negociações, com a participação do ministro da Educação, Camilo Santana, o
relator atendeu ao pleito do governo em relação à carga horária.
"Essa, que é uma conquista grande, o empenho que foi feito,
o relator Mendonça Filho, quero elogiá-lo. Ele compreendeu, não criou
dificuldades, nós negociamos no limite ontem a noite, estamos saindo com uma
grande vitória", afirmou Guimarães. Segundo ele, a questão da carga
horária foi acertada inclusive com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A formação básica é a parte comum do currículo dos
estudantes de todo país e foi construída a partir da Base Nacional Comum
Curricular. Ela havia sido reduzida no NEM, e agora o governo Lula batalha para
retomar a carga de 2,4 mil horas de disciplinas básicas. A expectativa, segundo
o líder do governo, é de que o PL do Ensino Médio seja votado até quarta-feira
da semana que vem, antes do feriado de Páscoa.
Outros itens, porém, também estão na pauta e, como admitiu o
próprio Guimarães, vão depender do interesse do Arthur Lira. Um deles é o PL
das Saidinhas, proposta do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) que reduz as
possibilidades de saída de detentos em feriados e que já foi aprovada pelo
Senado.
"Evidentemente está nas mãos do Arthur, se ele vota o
projeto das saidinhas, se é amanhã ou depois. Não é uma matéria do governo,
portanto, o governo não vai encaminhar nada", afirmou Guimarães.
Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato
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