quarta-feira, 20 de março de 2024

Gonet acena à CPI da Covid em momento decisivo para Bolsonaro

 

Apresentado em 27 de outubro de 2021, o relatório final da CPI propôs o indiciamento de Bolsonaro

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encontra-se com senadores membros da CPI da Covid
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encontra-se com senadores membros da CPI da Covid (Foto: Reprdução/Instagram)

 O procurador-geral da República, Paulo Gonet, expressou admiração pelo trabalho realizado pela CPI da Covid e sinalizou abertura para revisitar as investigações arquivadas contra o governo de Jair Bolsonaro, antecipando um possível estreitamento do cerco ao ex-presidente. Durante um encontro nesta terça-feira (19) com senadores, incluindo o relator Renan Calheiros e o presidente da CPI, Omar Aziz, além de outros membros da comissão, Gonet recebeu apelos para reexaminar as acusações que haviam sido descartadas pelo seu antecessor, Augusto Aras.

A CPI, que indicou Bolsonaro e diversos membros do governo por uma série de falhas e possíveis crimes durante a pandemia, viu suas conclusões temporariamente arquivadas. No entanto, novas evidências, incluindo alegações de fraude no cartão de vacinação, reveladas pelo tenente-coronel Mauro Cid, injetaram novo ímpeto nas demandas por justiça.

Randolfe Rodrigues, líder do Congresso Federal, destacou a importância do encontro com Gonet, ressaltando a promessa de uma abordagem rigorosa que poderia finalmente levar à responsabilização pelos erros cometidos durante a crise sanitária, que resultou em mais de 700 mil mortes no Brasil. "Ele destacou que a CPI, o trabalho que foi feito por nós, é digno de admiração e será, por ele, prestigiado. Isto é mais relevante e fundamental deste encontro. Nós saímos daqui convencidos que não terá impunidade para mais 700 mil brasileiros que morreram. Saímos daqui muito confiantes do trabalho, agora, do Ministério Público", disse Rodrigues, conforme citado pelo portal G1

Apresentado em 27 de outubro de 2021, o relatório final da CPI propôs o indiciamento de Bolsonaro, quatro ministros, 73 outras pessoas e duas empresas por uma gama de crimes relacionados à gestão da pandemia. Apesar das acusações detalhadas, incluindo crimes de responsabilidade e contra a humanidade, as investigações permaneceram estagnadas por mais de 100 dias sem a abertura de inquéritos contra os acusados no alto escalão do governo.

O gesto de Gonet de reconsiderar as petições da CPI representa um momento crítico que pode definir o rumo das ações legais contra Bolsonaro e seus associados, sinalizando uma fase potencialmente tumultuada para o ex-presidente e seus aliados.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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