Declaração do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior foi feita durante seu depoimento à PF no âmbito das investigações sobre a trama para impedir a posse do presidente Lula
O ex-comandante da
Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, afirmou em seu
depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura o suposto
planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PL) que o golpe só não foi consumado porque o então
comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, não concordou
em levar o plano adiante.
"Caso o comandante tivesse anuído, possivelmente, a
tentativa de golpe de Estado teria se consumado", disse Baptista Júnior em
seu depoimento no contexto do inquérito das milícias digitais, de acordo com a Folha de S.
Paulo.
Os investigadores destacam a resistência de Baptista Júnior e
Freire Gomes às investidas de Bolsonaro e seus aliados para embarcarem na trama
golpista, mas também avaliam se houve algum tipo de omissão, já que ambos
teriam conhecimento do plano golpista e, ainda assim, não adotaram uma atitude
mais firme para impedir a trama.
Bolsonaro já enfrenta condenações e investigações por
ataques ao sistema eleitoral, entre outros crimes, e está inelegível até pelo
menos 2030. Contudo, caso seja processado e condenado pelos delitos de
tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de
Direito e associação criminosa, poderá enfrentar uma pena de até 23 anos de
prisão e ser declarado inelegível por mais de três décadas.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
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