Debates, atos, discursos, exposições e mostras cinematográficas integram a programação que segue até o mês de maio
Brasil de Fato - Diversas
ações estão sendo realizadas este ano em "descomemoração" aos 60 anos
do golpe militar de 1964 em Porto Alegre. Militantes de esquerda, movimentos
sociais e partidos políticos têm realizado atos públicos, sessões de cinema e
debates sobre os acontecimentos trágicos daquele ano. O primeiro deles foi o
ato unificado no Largo Glênio Peres, que reuniu cerca de mil pessoas no sábado (23).
Na noite de quarta-feira (27), no centro de memória
denominado Casa de Diógenes José Carvalho de Oliveira, houve um evento com o
músico Pedro Munhoz, famoso com a música Canção
da Terra, tema da novela Flor do Caribe da Rede Globo. Os anfitriões Guilherme Oliveira,
filho de Diógenes e jornalista, e Ciro Ferreira, músico e sociólogo,
articularam também a presença de importantes nomes da política brasileira
presos durante a ditadura, como Olívio Dutra e Raul Pont.
Antes, na segunda-feira (22), às 19h aconteceu no auditório do
Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) um ato-debate para comemorar os 60
anos de existência do Movimento de Justiça e Direitos Humanos e os 45 anos de
seu registro formal.
Próximas ações
- No dia 1ª de abril haverá, pela
manhã, um ato e protocolo de abaixo-assinado de partidos, entidades,
instituições e personalidades solicitando ao prefeito Sebastião Melo (MDB) uma
audiência para discutir a instalação, em logradouro da cidade, de uma estátua
já confeccionada do ex-presidente João Goulart.
No final da
tarde, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, será inaugurada a
exposição fotográfica Os 60 anos da
Instauração do Regime Militar de 1964, que permanecerá até o dia 5 de
abril. Às 19h, na Cinemateca Capitólio, haverá a exibição do documentário Jango no Exílio.
Dia 4 de abril, no Plenarinho da Assembleia
Legislativa, haverá um ato que lembrará os 60 anos do golpe militar e a memória
do tenente-coronel da Aeronáutica Alfeu de
Alcântara Monteiro. Comandante da Base Aérea de Canoas (RS), ele foi a
primeira vítima fatal do golpe, metralhado nesta data, há 60 anos.
Já no dia 8 de abril, às 13h30, a exposição
fotográfica Os 60 anos da Instauração do
Regime Militar de 1964 será inaugurada na Câmara de Vereadores de
Porto Alegre e permanece até o dia 12 de abril. Na mesma data, às 18h, na sede
do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Porto Alegre e
Triunfo/RS – (Sindipolo), haverá o debate 60
anos do golpe militar, imunidade até quando?.
Em 15 de abril, às 14h, o presidente da
Associação de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Rio Grande do Sul, Sérgio
Bittencourt, usará a Tribuna Popular no Plenário da Assembleia Legislatgiva
para falar sobre os 60 anos do golpe militar de 1964.
Mais para o final do mês, em 25 de abril, no
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), às 19h, será realizado um debate sobre
os 50 anos da Revolução dos Cravos de Portugal.
Durante todo o mês de maio, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindiBancários) promoverá uma mostra de cinema sobre os 60 anos do golpe militar. No mesmo mês os alunos do curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) promoverão exposição, debates, filmes, em especial sobre a luta dos professores e estudantes daquela universidade em resistência as ações resultantes do golpe de 1964.
Fonte: Brasil 247
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