Atualmente, as dívidas são corrigidas pelo IPCA mais 4% de juros ou Selic. Equipe de Haddad reconhece a necessidade de redução, mas discorda da sugestão dos governadores
A equipe econômica
liderada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), está em negociação com
governadores dos estados do Sul e Sudeste para reestruturar as dívidas
estaduais, estabelecendo uma nova forma de correção dos débitos. O objetivo é
apresentar um projeto de lei ao Congresso para renegociar os valores e as
condições das dívidas, que atualmente são corrigidas pelo IPCA mais 4% de juros
ou pela Taxa Selic, segundo o jornal O Globo.
O embate reside no índice de correção, visto que os governadores propõem um
percentual fixo de apenas 3%, enquanto aliados de Haddad reconhecem a
necessidade de redução, mas não consideram razoável o patamar sugerido pelos
governadores. Esta discussão ganha relevância diante do estrangulamento das
contas estaduais, especialmente após um período de melhora.
Haddad planeja apresentar o projeto de lei ao Congresso
ainda no primeiro semestre, após discuti-lo com o presidente Lula (PT). O
projeto deverá incluir disposições que impeçam o aumento de gastos com pessoal,
direcionando eventuais sobras orçamentárias para investimentos estruturais nos
estados. A proposta estará atrelada à necessidade de investimentos sociais
prioritários.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tem
liderado as negociações em nome dos estados do Sul e Sudeste, enquanto o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atuam como interlocutores para a renegociação
das dívidas de seus estados.
Além da mudança na correção das dívidas, tem sido
discutida a possibilidade de transferência para a União de ativos dos estados,
como imóveis, e o desconto do saldo remanescente da dívida para pagamento em um
período de até dez anos.
A próxima reunião entre Haddad e os
governadores está marcada para o dia 26 deste mês, onde se espera avançar nas
negociações e consolidar um acordo que atenda aos interesses dos estados e da
União, buscando um equilíbrio financeiro e fiscal que permita a retomada do
desenvolvimento econômico regional.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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