Avaliação é de que Walter Braga Netto
deve ser considerado "indigno para o oficialato" por ter promovido
ataques contra colegas de farda que não aderiram à trama golpista
A cúpula do Exército
já discute internamente a possível perda do posto de general e a transferência
dos vencimentos de Walter Braga Netto para sua esposa. Segundo o jornalista
Caio Junqueira, da CNN Brasil,
essas medidas seriam consequências de uma condenação que é considerada certa
pelo Exército brasileiro. As punições são consideradas semelhantes a um
processo de expulsão ou morte fictícia pela Força e seriam definidas por meio
de um processo conduzido por um "tribunal de honra", responsável por
avaliar se a conduta de Braga Netto feriu os valores militares.
“A avaliação é que Braga Netto deve ser considerado
‘indigno para o oficialato’ pois se compreende que ele cometeu uma grave
transgressão militar por ter chamado em mensagens privadas obtidas pela PF
[Polícia Federal] de 'cagão' o então comandante do Exército Freire Gomes por
ele não aderir à trama golpista após as eleições”, diz a reportagem.
Além disso, as mensagens indicam que ele incitou oficiais a
promoverem uma campanha contra generais que defendiam o cumprimento da
Constituição e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O general
Tomás Paiva, atual comandante do Exército, foi um dos alvos dessa campanha.
O Exército informou que aguardará o fim das investigações
para se pronunciar oficialmente sobre o caso. Esse tipo de punição só ocorre se
o réu for condenado por crime superior a dois anos pelo Superior Tribunal
Militar (STM), o que é o caso de Braga Netto, acusado de tentativa de abolição
do Estado Democrático de Direito, com pena prevista de reclusão de 4 a 8 anos.
Fonte:
Brasil 247 com informações da CNN Brasil
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