A revelação crucial ocorreu durante a confirmação pelos ex-comandantes, de sua participação em uma reunião para discutir a minuta golpista
Além do ex-comandante do Exército, general Freira Gomes, o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, também apontou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como protagonista de um plano golpista para mantê-lo no poder, informa Bela Megale, em O Globo. Os depoimentos concedidos pelos militares à Polícia Federal foram descritos como longos e detalhados, preenchendo “lacunas importantes do caso”, de acordo com fontes envolvidas nas apurações.
A revelação crucial ocorreu durante a confirmação, por ambos os ex-comandantes, de sua participação em uma reunião na qual teria sido discutida uma minuta relacionada ao plano golpista. Este encontro foi inicialmente exposto pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. A informação de que Freire Gomes corroborou as reuniões sobre o documento com teor golpista foi divulgada inicialmente pela “CNN Brasil”.
O depoimento do general Freire Gomes foi prestado na sexta-feira passada (1º), abordando todas as perguntas formuladas pela PF. A dúvida inicial entre os investigadores sobre classificá-lo como investigado ou testemunha foi resolvida com base no grau de colaboração de seu depoimento, determinando que ele mantivesse o status de testemunha, indicando uma postura cooperativa nas investigações.
O mesmo status foi atribuído ao brigadeiro Baptista Júnior, que também forneceu um depoimento extenso à PF algumas semanas atrás, trazendo informações cruciais para os policiais. Já o ex-comandante de Marinha Almir Garnier, apontado por Mauro Cid como o único dos três que teria aceitado aderir ao golpe, permaneceu em silêncio durante seu interrogatório na PF, sendo incluído no rol de investigados.
Fonte: Agenda do Poder com informações da coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo
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