sábado, 23 de março de 2024

Eventual rescisão de delação de Cid não impacta investigações, avalia PF


O tenente-coronel Mauro Cid. Foto: reprodução


As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) indicam que uma eventual rescisão do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, não afetaria negativamente os rumos das apurações em andamento, conforme informações do Globo.

De acordo com os agentes, grande parte das evidências que embasam as investigações está contida nos dispositivos eletrônicos apreendidos na posse de Cid, não dependendo estritamente do que ele relatou durante a colaboração. O tenente-coronel foi novamente detido na última sexta-feira (22) por ter violado medidas cautelares e por suposta obstrução à Justiça.

A validade do acordo de delação ainda está sob avaliação. Desde a formalização da delação, em setembro do ano anterior, ele forneceu quatro depoimentos extensos à PF para diferentes investigações em andamento. No momento da homologação do acordo, os inquéritos relacionados às fraudes em cartões de vacinação e ao desvio de joias da Presidência da República já estavam em estágio avançado de investigação. A contribuição de Cid, principalmente na investigação sobre um suposto plano para manter Bolsonaro no cargo, foi especialmente relevante.

O mandado de prisão preventiva foi emitido ontem (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após uma audiência na qual o ex-ajudante de ordens confirmou os termos de sua colaboração. Cid foi convocado para comparecer à Corte após a divulgação de áudios pela revista Veja, nos quais critica a condução de seus depoimentos pela PF e por Moraes.


Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

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