Ao comentar sobre o inquérito da trama golpista, o ex-auxiliar de Bolsonaro acusou a PF e o Supremo de forçá-lo a comentar fatos que, segundo o tenente, não aconteceram
Ex-ajudante de ordens
de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid fez ataques à Polícia
Federal e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em
gravações, o militar disse que investigadores estão com a narrativa pronta no
inquérito sobre a tentativa de golpe durante o governo bolsonarista, que
pretendia impedir a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Os relatos foram publicados nesta quinta-feira (21) por Veja.
"Eles (os policiais)
queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Você pode falar
o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão
não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava
mentindo", afirmou.
"Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber
a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? É
isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: 'Ó, mas a sua
colaboração. Ó, a sua colaboração está muito boa'. Ele (o
delegado) até falou: 'Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove
negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser
indiciado por associação criminosa e mais um termo lá'. Ele falou assim: 'Só
essa brincadeira são trinta anos para você'", continuou Cid.
Na conversa, o ex-ajudante de ordens também criticou
Alexandre de Moraes, “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele
solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem
Ministério Público, com acusação, sem acusação. Já tem a sentença dele pronta,
acho que essa é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá
esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo
mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo".
Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja
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