quinta-feira, 21 de março de 2024

Em gravação, Mauro Cid ataca a PF e o ministro Alexandre de Moraes

 

Ao comentar sobre o inquérito da trama golpista, o ex-auxiliar de Bolsonaro acusou a PF e o Supremo de forçá-lo a comentar fatos que, segundo o tenente, não aconteceram

Mauro Cid (à esq.) e Alexandre de Moraes
Mauro Cid (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)

 

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid fez ataques à Polícia Federal e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Em gravações, o militar disse que investigadores estão com a narrativa pronta no inquérito sobre a tentativa de golpe durante o governo bolsonarista, que pretendia impedir a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os relatos foram publicados nesta quinta-feira (21) por Veja.

"Eles (os policiais) queriam que eu falasse coisa que eu não sei, que não aconteceu. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo", afirmou. 

"Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? É isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: 'Ó, mas a sua colaboração. Ó, a sua colaboração está muito boa'. Ele (o delegado) até falou: 'Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá'. Ele falou assim: 'Só essa brincadeira são trinta anos para você'", continuou Cid. 

Na conversa, o ex-ajudante de ordens também criticou Alexandre de Moraes,  “O Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser. Com Ministério Público, sem Ministério Público, com acusação, sem acusação. Já tem a sentença dele pronta, acho que essa é a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo".

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

 

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