Empresário Cornélio Sanders, maior
produtor de soja do Piauí, é também acusado de trabalho escravo em suas
propriedades
O empresário Cornélio
Sanders, maior produtor de soja do estado do Piauí, está sendo acusado em um
processo por ocupação ilegal de 7,6 mil hectares de terras na região de Uruçuí,
oeste do Piauí. Sanders, que doou R$ 1 milhão à campanha de Jair Bolsonaro em
2022, terá seu caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) nesta
quinta-feira (14/3). A denúncia foi feita pela empresária Bernadete Guadagnin,
que pleiteia uma indenização de R$ 172,6 milhões, alegando irregularidades na
compra da fazenda em 2007 por parte de Sanders. A informação foi publicada
inicialmente na coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Segundo Guadagnin, a terra é uma "propriedade
fictícia e inexistente, fruto de ato fraudulento". Em resposta, a defesa
de Cornélio Sanders afirmou que a compra foi realizada de acordo com todos os
procedimentos legais e que a ação movida pela família Guadagnin é uma tentativa
de prejudicar a carreira empresarial de Sanders. O advogado de Sanders, Wildson
de Almeida Oliveira Sousa, destacou que não houve apresentação de danos pelos
autores do processo, o que, segundo ele, demonstra a impossibilidade da indenização.
Em um caso anterior, em 2005, Cornélio
Sanders foi denunciado pelo Ministério Público Federal por trabalho escravo em
uma de suas fazendas, embora o caso tenha sido arquivado em 2019 sem
julgamento. Os fiscais apontaram supostas jornadas excessivas de trabalho e
irregularidades nos alojamentos, banheiros e cozinhas da propriedade, mas
Sanders negou qualquer irregularidade.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário