terça-feira, 26 de março de 2024

Desde o assassinato de Marielle Franco, Domingos Brazão recebeu mais de R$ 2,4 milhões em pagamento de salários

 Em abril de 2017 ele ficou afastado das funções por suspeita de fraude e corrupção. Ele foi preso na Operação Quinto do Ouro, da Lava Jato

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, preso neste domingo por suspeita de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, recebeu mais de R$ 2,4 milhões em pagamentos dos cofres públicos desde o crime, em março de 2018.

Brazão tem um salário médio de R$ 39 mil por mês, mais um percentual variável de auxílios saúde, transporte e educação.

No entanto, a maior parte desses seis anos após os assassinatos de Marielle e Anderson Gomes, Brazão ficou afastado. Em abril de 2017, ele ficou afastado das funções por suspeita de fraude e corrupção. Ele foi preso na Operação Quinto do Ouro, da Lava Jato.

Brazão foi reconduzido ao cargo no ano passado. No período em que ficou longe, ele recebeu R$ 2.767.685,43.

A permanência de Domingos Brazão no cargo de conselheiro do TCE-RJ é questionada. O deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ) afirmou nesta segunda (25) que vai entrar com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo o impeachment do cargo de conselheiro do TCE-RJ.

No domingo, Domingos Brazão e o irmão Chiquinho Brazão, que é deputado federal, foram presos pela Polícia Federal (PF) como mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

O delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe de Polícia Civil na época do crime, também foi preso. Ele é apontado como suspeito de ajudar a planejar o crime e de atrapalhar as investigações.

Os três foram alvos de mandados de prisão preventiva expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Operação Murder, Inc. foi deflagrada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

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