Relatório da PF revela esquema de suborno para barrar investigações de assassinatos, incluindo o caso da vereadora Marielle Franco, envolvendo o delegado Rivaldo Barbosa
A Polícia Federal reveloua
existência de um esquema de propinas pagas à Delegacia de Homicídios, liderada
pelo delegado Rivaldo Barbosa. Segundo informações contidas em um relatório da
PF relacionado ao caso Marielle Franco, a milícia estaria desembolsando
quantias astronômicas, incluindo “mesadas” que chegavam a até R$ 300 mil, para
garantir o silêncio e a inatividade das investigações criminais, diz o Metrópoles.
Ainda de acordo com a reportagem, Orlando Curicica, figura
central nas investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do
motorista Anderson Gomes, forneceu detalhes sobre a rotina de subornos
direcionados à Delegacia de Homicídios. Segundo seu depoimento, a prática era
frequente, com valores mensais variando entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, além de
pagamentos adicionais para assegurar que casos específicos não fossem
investigados.
O relatório da PF destaca um caso emblemático em que um
associado do bicheiro Rogério de Andrade teria desembolsado a quantia de R$ 300
mil para evitar que a morte do sargento da reserva Geraldo Antônio Pereira,
ocorrida em maio de 2016, fosse devidamente apurada pela Delegacia de
Homicídios. Outros assassinatos também foram mencionados, como o do presidente
da Portela, Marcos Falcon, e do contraventor Heylton Carlos Gomes Escafura e
sua esposa, casos nos quais as investigações teriam sido interrompidas devido
ao pagamento de propinas.
Um aspecto particularmente chocante do relatório é a
menção de extorsão direta, envolvendo o próprio delegado Rivaldo Barbosa.
Orlando Curicica detalhou um incidente no qual ele e sua esposa foram alvos de
extorsão enquanto Rivaldo estava à frente da Delegacia de Homicídios. Segundo o
depoimento de Curicica, eles foram coagidos a entregar R$ 20 mil a um
subordinado do delegado como forma de "proteção".
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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