O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus advogados, Paulo da Cunha Bueno (esq.) e Daniel Tesser (dir.). Foto: Reprodução
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou sobre os dois dias em que ficou escondido na embaixada da Hungria no Brasil após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal. Em nota, Paulo da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser afirmaram que ele foi convidado pelo embaixador e foi ao local “manter contatos com autoridades do país amigo”.
“Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro [Viktor Orban], com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires”, diz o comunicado divulgado por sua defesa.
Os advogados alegam que ele teve encontro com autoridades do “país amigo” nos dois dias em que esteve no local e discutiu atualizações sobre “os cenários políticos das duas nações”. “Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, diz a nota.
Imagens divulgadas pelo jornal americano New York Times mostram que o ex-presidente chegou na embaixada da Hungria no dia 12 de fevereiro, quatro dias depois de ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal na operação Tempus Veritatis. Ele deixou o local dois dias depois, na quinta (14), durante a tarde.
Um oficial da embaixada afirmou que ele pediu “asilo político” na ocasião. Outros funcionários do órgão relatam que foram orientados a trabalhar em casa e não receberam nenhuma explicação no período.
Mesmo com as alegações dos advogados, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm discutido determinar a prisão preventiva do ex-presidente ou o uso de tornozeleira eletrônica. Para magistrados, o episódio pode sinalizar uma tentativa de evasão do país.
Fonte: DCM
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