General da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento à PF nesta terça-feira
O general da reserva
do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, negou a
intenção de fazer um acordo de delação premiada semelhante ao celebrado por seu
filho junto à Polícia Federal (PF). "O general não fará nenhuma
colaboração premiada", disse o advogado Cezar Bittencourt, de acordo com a
coluna da jornalista Andréia Sadi,
do G1.
Nesta terça-feira (26), o general compareceu à sede da PF
em Brasília. Ele prestou depoimento por quase três horas no âmbito das
investigações das quais é alvo. Ainda conforme Bittencourt, o depoimento
transcorreu "sem surpresas".
Um dos pontos abordados durante o interrogatório foi a questão
das joias sauditas recebidas por Jair Bolsonaro (PL) que deveriam ter sido
incorporadas ao patrimônio da União, mas que o ex-mandatário tentou se
apropriar. Lourena Cid é investigado pelo envolvimento na tentativa de venda
dos itens nos Estados Unidos.
Segundo a reportagem, Bittencourt afirmou que o general
disse aos investigadores que “apenas procurou avaliar dois conjuntos que
recebeu de suas viagens no exterior”. Ainda conforme o defensor, os avaliadores
em Miami informaram que os presentes não tinham valor algum epor serem feitos
de latão.
Além disso, o general informou à Polícia Federal que possuía
cerca de US$ 68 mil durante a viagem ao exterior, destinados a realizar algumas
compras. O depoimento, que foi transcrito em três folhas, detalhou esses e
outros aspectos levantados durante o interrogatório.
Cezar Bittencourt, que representa tanto o general Lourena
Cid quanto seu filho, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também
disse que o vazamento de áudios em que o tenente-coronel critica a condução da
sua colaboração premiada pela PF e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes não coloca em risco a delação. “É um erro afirmar que a
delação de Cid estaria em perigo. Os generais ouvidos confirmaram a sua
versão”, destacou Bittencourt.
Mauro Cid foi preso na sexta-feira (22) por determinação do
ministro Alexandre de Moraes após depor por cerca de uma hora no âmbito do
inquérito que apura os áudios vazados que foram divulgados pela revista Veja. A
prisão de Cid foi decretada por descumprimento de medidas judiciais e por
obstrução de justiça, conforme afirmado pelo STF.
Mauro Cid havia feito um acordo de colaboração premiada
após ser preso no âmbito do inquérito que investiga fraudes em certificados de
vacinação contra a Covid-19, além de cooperar em investigações sobre uma
suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1
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