terça-feira, 5 de março de 2024

Cúpula das Forças Armadas atua para blindar Paulo Sérgio, mas joga Braga Netto e Heleno na fogueira da trama golpista

 Militares alegam que Nogueira ocupava um cargo de “natureza política”, o que o deixaria"mais suscetível" às pressões do então mandatário

General Paulo Sergio NogueiraGeneral Paulo Sergio Nogueira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 A atual cúpula das Forças Armadas tem atuado para blindar o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército, das investigações sobre um suposto plano de golpe de Estado que teria sido urdido por jair Bolsonaro (PL), militares assessores e ministros que integraram o seu governo. 

“Por outro lado, o Alto Comando tem reforçado as críticas a ex-ministros da ala militar de Jair Bolsonaro, como os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno”, diz a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. 

De acordo com a reportagem, os militares alegam que Nogueira ocupava um cargo de “natureza política”, o que o deixaria"mais suscetível" às pressões do então mandatário, tanto antes quanto depois da eleição presidencial de 2022.  Segundo integrantes do Alto Comando a decisão de Nogueira, de deixar o Exército para assumir  o Ministério da Defesa, teria sido uma “troca ruim” para o general. 

Nesta linha, o general Freire Gomes,  que também comandou o Exército no governo Bolsonaro, implicou diretamente o ex-mandatário e o general Paulo Sérgio na trama golpista durante o seu depoimento à Polícia Federal. 

A imagem de Nogueira junto a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também é vista com ressalvas, com avaliações negativas sobre sua postura caso estivesse à frente do Exército durante a derrota de Bolsonaro nas eleições. 

Enquanto Nogueira encontra amparo entre alguns setores das Forças Armadas, a situação é diferente para outros ministros militares que acompanharam Bolsonaro desde o início de seu governo, como Walter Braga Netto e Augusto Heleno. A atual cúpula militar avalia que eles foram excessivamente subservientes a Bolsonaro. 

“O general mais abandonado é Braga Netto, especialmente pelos ataques que orientou contra colegas de caserna e suas famílias. O militar, no entanto, tem feito um mea-culpa sobre as críticas que vieram à tona, por meio das investigações da PF, e diz se arrepender de ter ‘agido com o fígado’, destaca a reportagem. 

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo

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