Ex-ajudante de ordens afirmou em sua
delação premiada à PF que recebeu ordens do então mandatário para inserir dados
falsos nos sistemas de vacinação do Ministério da Saúde
Um relatório da
Polícia Federal (PF) aponta que Jair Bolsonaro (PL) recebeu "em mãos"
do seu então ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, um cartão de
vacinação contra a Covid-19 fraudado por meio de um esquema que contou a
participação do ex-mandatário. A PF indiciou Bolsonaro e Mauro Cid, além de
outras 15 pessoas, pelos crimes de crimes de associação criminosa e inserção de
dados falsos em sistema público no âmbito das investigações sobre as fraudes
nos cartões de vacinação.
Segundo o jornal O Globo,
Mauro Cid afirmou em sua delação premiada à PF que Bolsonaro ordenou que ele
inserisse dados falsos nos sistemas de vacinação do Ministério da Saúde para
obter cartões de vacinação fraudulentos tanto para ele mesmo quanto para sua
filha Laura.
"Diante disso, MAURO CESAR CID, utilizando o mesmo modus
operandi, solicitou a AILTON BARROS as inserções de dadas falsos de vacinação
contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de JAIR
MESSIAS BOLSONARO e LAURA FIRMO BOLSONARO. O colaborador ainda afirmou que
imprimiu os certificados e entregou em mãos ao então Presidente da República
JAIR MESSIAS BOLSONARO", diz o relatório produzido pela PF”, diz um trecho
do relatório da PF, de acordo com a reportagem.
No relatório, os investigadores destacam que as provas
obtidas pela investigação "são convergentes em demonstrar que Bolsonaro
agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de
Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19
nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha Laura
Bolsonaro".
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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