terça-feira, 19 de março de 2024

Bolsonaro recebeu 'em mãos' cartão falso de vacinação emitido por Mauro Cid, diz PF

 

Ex-ajudante de ordens afirmou em sua delação premiada à PF que recebeu ordens do então mandatário para inserir dados falsos nos sistemas de vacinação do Ministério da Saúde

 

Jair Bolsonaro e Mauro Cid
Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: ABr | Agência Senado )

 

Um relatório da Polícia Federal (PF) aponta que Jair Bolsonaro (PL) recebeu "em mãos" do seu então ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, um cartão de vacinação contra a Covid-19 fraudado por meio de um esquema que contou a participação do ex-mandatário. A PF indiciou Bolsonaro e Mauro Cid, além de outras 15 pessoas, pelos crimes de crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação.

Segundo o jornal O Globo, Mauro Cid afirmou em sua delação premiada à PF que Bolsonaro ordenou que ele inserisse dados falsos nos sistemas de vacinação do Ministério da Saúde para obter cartões de vacinação fraudulentos tanto para ele mesmo quanto para sua filha Laura.

"Diante disso, MAURO CESAR CID, utilizando o mesmo modus operandi, solicitou a AILTON BARROS as inserções de dadas falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de JAIR MESSIAS BOLSONARO e LAURA FIRMO BOLSONARO. O colaborador ainda afirmou que imprimiu os certificados e entregou em mãos ao então Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO", diz o relatório produzido pela PF”, diz um trecho do relatório da PF, de acordo com a reportagem.

No relatório, os investigadores destacam que as provas obtidas pela investigação "são convergentes em demonstrar que Bolsonaro agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha Laura Bolsonaro".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário