Juristas avaliam que Bolsonaro está ainda mais encurralado com a justiça, após episódio em embaixada; prisão é uma possibilidade real
O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para Jair Bolsonaro
(PL) explicar sua visita à embaixada da Hungria, em Brasília (DF), e as chances
do extremista ser preso aumentam ainda mais após a ação ilícita.
O ex-mandatário esteve hospedado por dois dias na
embaixada após ter seu passaporte apreendido durante a Operação Véritas, que
apurava a trama golpista.
“Se isso for verdadeiro, pode ser que caracterize uma tentativa
de asilo político, ou seja, de fuga da Justiça brasileira, e isso fundamenta um
pedido de prisão preventiva, sim”, disse o jurista Pedro Serrano à CartaCapital,
nesta segunda-feira (25). “Então, aumenta certamente a chance de ele receber
uma prisão preventiva", acrescenta.
Já o advogado Marcelo Uchôa analisou que Bolsonaro (PL) buscava refúgio
na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval não por
mero acaso, mas como parte de uma tentativa de fuga da jurisdição brasileira.
Uchôa argumenta veementemente que Bolsonaro deve ser detido preventivamente.
Em uma série de tweets, o advogado afirmou: "Esclarecendo:
Bolsonaro não foi dormir na Embaixada da Hungria por acaso. Após ter passaporte
apreendido pelo STF ele foi, no mínimo, sondar asilo político (diplomático) pra
escapar da jurisdição brasileira. Tentou driblar a Justiça: F U G I R. Tem que
ser PRESO PREVENTIVAMENTE."
"Na minha opinião, a prisão preventiva do Bolsonaro é
um IMPERATIVO legal", disse.
A visão de Uchôa foi acompanhada pelo jurista Fernando Augusto
Fernandes, que destacou nesta segunda-feira (25), em comentário na TV 247, a
possível prisão do extremista.
"A determinação do ministro Alexandre de Moraes de
impedimento de deixar o país e recolhimento do passaporte foi substitutiva à
prisão por ser medida menos gravosa e foi desrespeitada. Isso pode gerar o
imediato recolhimento à prisão por descumprimento das medidas alternativas à
prisão preventiva", disse.
Fonte: Brasil 247 com informação da Carta Capital
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