sexta-feira, 15 de março de 2024

Bolsonaro e aliados montam estratégia para vincular anistia a apoio à sucessão dos comandos da Câmara e Senado

 

Discussão está inserida no contexto do apoio à reeleição de Davi Alcolumbre para o comando do Senado em 2026. Parlamentar é favorito para assumir a presidência da Casa neste ano

 

Jair Bolsonaro e Congresso Nacional
Jair Bolsonaro e Congresso Nacional (Foto: Reuters)


Jair Bolsonaro e seus aliados têm intensificado uma articulação que vincula o apoio à sucessão na Câmara e no Senado, prevista para 2025, à aprovação de um projeto que visa garantir anistia para o ex-mandatário caso ele seja condenado pela Justiça em função de seu envolvimento no planejamento de um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, os aliados de Bolsonaro avaliam que, no momento, o ex-mandatário “tem uma situação mais confortável na Câmara - mas com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acreditam que mesmo se passar com deputados uma eventual anistia para crimes cometidos seria barrada na Casa ao lado”.

A estratégia de Bolsonaro e seus aliados se baseia na previsão de uma mudança no cenário político, especialmente com a troca de comando nas casas legislativas. A discussão sobre a anistia já está inserida no contexto do apoio à reeleição do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “A conta dos Bolsonaro é a seguinte: a direita deve fazer a maioria do Senado em 2026. Logo, se Alcolumbre - caso eleito, hoje favorito - quiser apoio para a sua reeleição - precisa discutir projeto que beneficie Bolsonaro”, destaca a reportagem.

Partidos como o PL, do qual Bolsonaro faz parte, e o PP estão entre os apoiadores dessa iniciativa. A proposta não se baseia em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), mas sim em uma proposta que necessite apenas de maioria simples para ser aprovada. Esta possibilidade está sendo debatida há mais de um ano pelo grupo político ligado ao ex-ocupante do Palácio do Planalto e voltou à tona de forma mais concreta em meio ao avanço das investigações das quais Bolsonaro é alvo.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário