O tenente-coronel Mauro Cid. Foto: reprodução
Ex-integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), especialmente os generais da reserva, estão preocupados com o novo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (11).
A preocupação principal é se a atual cúpula das Forças Armadas terá algum tipo de influência sobre as revelações que Cid poderá fazer como ex-ajudante de ordens da Presidência, conforme informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo.
Membros do primeiro escalão da gestão bolsonarista temem que o Alto Comando esteja protegendo alguns militares enquanto deixa outros à mercê da situação. Há uma percepção de que os ex-comandantes do Exército, Freire Gomes e Paulo Sérgio Nogueira, este último também ex-ministro da Defesa, estão sendo favorecidos pela atual liderança militar.
O receio é que Cid, possivelmente em alinhamento com o Alto Comando, busque proteger Freire Gomes, que atualmente é apenas testemunha no inquérito sobre o golpe. Além disso, há a preocupação de que o tenente-coronel, sob possível influência da cúpula militar, tente proteger Paulo Sérgio Nogueira e direcione seus relatos em direção a figuras como Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
Para manter a validade de sua delação premiada, Cid deve responder todas as perguntas da PF. O foco do depoimento serão questões relacionadas à tentativa de golpe de Estado, que investigadores alegam ter sido planejada por Bolsonaro, ex-membros de seu governo e militares.
Fonte: DCM com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo
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