"A nossa meta era R$ 300 (bilhões), já entregamos R$ 90 (bilhões)", disse o presidente do BNDES
O presidente do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante,
afirmou que a instituição já aprovou um total de R$ 90 bilhões para a indústria
brasileira desde 2023. "A nossa meta era R$ 300 bilhões, já entregamos R$
90 bilhões", disse Mercadante durante a abertura do seminário
“Descarbonização: Os Caminhos Para a Mobilidade de Baixo Carbono para o
Brasil”, nesta terça-feira (19), em Brasília. Os recursos integram o Plano Mais
Produção, da Nova Indústria Brasil
Mercadante destacou o crescimento significativo nas
consultas, aprovações e desembolsos do Banco, com um aumento de 88%, 32% e 17%,
respectivamente, em 2023. “O projeto entra, é avaliado, é aprovado, o
desembolso vai no ritmo em que os investimentos são feitos. É a melhor consulta
dos últimos dez anos, a maior aprovação dos últimos nove anos e o maior
desembolso dos últimos oito anos”, disse em referência aos dois primeiros meses
de 2024.
Além disso, o presidente do BNDES ressaltou a importância do
recém-regulamentado Fundo Clima, que conta com recursos na ordem de R$ 10,4
bilhões.“É um instrumento novo e muito poderoso para a transição climática,
para a descarbonização e para a transição elétrica”. Ainda segundo ele, o BNDES
é o banco que mais financiou energia renovável no mundo e que 83% dos
investimentos em energia renovável da América Latina, no ano passado, vieram
para o Brasil. “O País tem todas as condições de liderar a transição para a
economia e a transição com a energia sustentável”, afirmou.
Mercadante também enfatizou a importância da indústria
automotiva na agenda de descarbonização do Brasil. “Conseguimos aprovar R$ 5
bilhões por ano para a inovação. E uma de nossas determinações é induzir o
P&D do carro híbrido no Brasil, para a gente poder ter novos produtos mais
competitivos, mais eficientes, adequando a nossa realidade e a nossas potências
internas”, defendeu. “O Brasil tem uma história de 48 anos com o etanol. Hoje
temos etanol de segunda geração, com cada vez mais produtividade, cada vez mais
eficiência. E a própria economia mundial está mostrando que essa rota é muito
mais promissora do que o (carro) elétrico”, destacou.
Fonte: Brasil 247
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