sábado, 23 de março de 2024

Atos da esquerda contra Bolsonaro em diversas cidades têm baixa adesão; governo se manteve distante das manifestações

 Os protestos foram convocados por partidos e entidades após uma grande manifestação pró-Bolsonaro no mês anterior, na Avenida Paulista

Movimentos de esquerda realizaram neste sábado (23) uma série de atos em diferentes cidades do país, convocados como resposta às manifestações pró-Bolsonaro, mas encontraram adesão reduzida. Esse cenário se desenrola em meio ao distanciamento do governo Lula (PT) e ao conflito de opiniões sobre a pertinência dessas mobilizações.

Os protestos foram convocados por partidos e entidades após uma grande manifestação pró-Bolsonaro no mês anterior, na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao presidente, que está sendo investigado pela Polícia Federal em um inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe.

Os temas abordados nas manifestações deste sábado (23) foram variados, incluindo a memória dos 60 anos do golpe militar e o repúdio à anistia para golpistas.

Em Salvador, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, destacou que o objetivo dos atos não era competir em números com os manifestantes pró-Bolsonaro, mas sim fortalecer a luta contra ditaduras e tentativas de golpe.

Sobre a decisão de Lula de não participar das manifestações, Gleisi ressaltou que “não cabe ao governo ou ao presidente liderar mobilizações sociais”.

Os atos estavam programados em 22 cidades no Brasil e no exterior. Nas capitais, as manifestações da manhã foram esvaziadas, reunindo poucas dezenas a centenas de pessoas.

Em São Paulo, o ato no largo São Francisco começou a ter mais adesão após as 16h, mas ainda assim era possível circular entre os manifestantes. O ex-ministro José Dirceu, presente no evento, destacou que a proposta da esquerda era realizar atos descentralizados pelo país, em memória do golpe de 1964, o que não caracterizava um confronto direto com Bolsonaro.

Os atos contaram com a presença de integrantes de diversos movimentos sociais e partidos de esquerda, como MST, MTST e Unidade Popular.

Além de temas como a memória da ditadura e o repúdio ao governo atual, os manifestantes também abordaram questões como a defesa da Palestina e a necessidade de democracia.

Os atos foram organizados por partidos de esquerda, centrais sindicais e frentes populares, incluindo entidades como CUT, MST e UNE.

Fonte: Agenda do Poder com informações de Folha de S.Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário