Avaliação é de que os áudios que questionam a imparcialidade das investigações podem fazer com que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro perca os benefícios da delação premiada
Após o vazamento de
áudios nos quais ataca a Polícia Federal e o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes, aliados de Jair Bolsonaro (PL) veem o
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, perto de
voltar à prisão. A avaliação, segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli,
do Metrópoles, é de que, embora os áudios possam ser positivos para Bolsonaro,
uma vez que questionam a imparcialidade das investigações, eles podem ter um
“efeito devastador para Cid e fazê-lo perder os efeitos da colaboração
premiada”.
Além disso, há uma percepção de que Alexandre de Moraes,
responsável por diversos processos envolvendo figuras do governo Bolsonaro,
além do próprio ex-mandatário, não deixará Mauro Cid em liberdade após o
vazamento dos áudios. Em um dos trechos, Cid sugere que os depoimentos
prestados à Polícia Federal têm como objetivo apenas "confirmar a
narrativa" já pré-estabelecida pelos investigadores, o que pode ser
interpretado como uma tentativa de descredibilizar as investigações.
Agora, a PF vai analisar o teor das
gravações e, dependendo da apuração, a delação premiada pode ser anulada. A
Polícia Federal também sugeriu que Mauro Cid seja ouvido pelo juiz instrutor do
caso para esclarecer os áudios vazados. Cid deverá ser ouvido nesta sexta-feira
(22) pelo juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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