Para o jornalista, Bolsonaro confessou sua participação na trama golpista ao afirmar que 'não é crime' falar sobre o que está previsto na Constituição Federal
O jornalista Ricardo
Noblat usou sua conta no X, antigo Twitter, para afirmar que Jair Bolsonaro
(PL) confessou ter articulado um golpe de Estado para impedir a posse do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Bolsonaro começou dizendo que nunca
havia discutido sobre o golpe. Hoje, afirmou que ‘não é crime’ falar sobre o
que está previsto na Constituição Federal, e que nenhuma das medidas foi levada
adiante. Isso não é defesa. É confissão”, postou Noblat.
Nesta sexta-feira (15), o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes levantou o sigilo dos depoimentos prestados à
Polícia Federal por ex-integrantes do governo Bolsonaro que revelaram o
desenvolvimento da trama golpista.
Os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Marco
Antônio Freire Gomes e o tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista
Júnior, respectivamente, afirmaram em seus depoimentos que o ex-mandatário foi
o principal articulador da intentona golpista.
Mais cedo , Bolsonaro havia afirmado à coluna do
jornalista Paulo Cappelli,
do Metrópoles, que “não é crime” discutir o que está previsto na Constituição
Federal e que nenhuma das sugestões discutidas, como a implantação de uma
operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de sítio ou de defesa, foi
levada adiante.
“Sobre o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, precisa convocar
um conselho com diversos integrantes. Para que fosse implementado, precisaria
convocar o conselho, inclusive com presidente da Câmara e do Senado. E não teve
nenhum conselho convocado. Aqui não é Hugo Chávez, Maduro. Dados os
considerandos, quem dá a palavra final é o Parlamento. Já a Garantia da Lei e
da Ordem não se pode fazer do nada. Tem que ter fundamento”, disse o
ex-mandatário.
“Não é crime falar sobre o que está previsto na Constituição Federal. Você pode discutir e debater tudo o que está na Constituição Federal. O que falam em delação, em depoimentos, é problema de quem falou. É uma narrativa idiota [dizer que houve crime]”, completou.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Paulo Cappelli, no Metrópoles
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