Crescimento no ano sinalizou um desempenho superior ao de 2022 (1%), que havia sido o menor na série positiva iniciada em 2017
Roberto de Lira, Infomoney - As vendas do comércio varejista no Brasil surpreenderam negativamente e caíram 1,3% em dezembro em relação a novembro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a queda, o varejo fechou o ano com alta acumulada de 1,7%, no sexto ano consecutivo de resultados positivos.
A queda de 1,3% na passagem de novembro para dezembro representou o segundo resultado efetivamente negativo (fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%) e de maior amplitude do ano de 2023, um resultado que segundo o IBGE reflete um perfil disseminado entre os setores.
Já o crescimento no ano sinalizou um desempenho superior ao de 2022 (1,0%), que havia sido o menor crescimento na série positiva iniciada em 2017, incluindo também todo o período de pandemia, a partir de 2020.
Os dados vieram abaixo da mediana do consenso LSEG de analistas, que projetava queda de apenas 0,2% nas vendas no mês e estimava avanço de 2,9% na comparação anual.
Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram queda em dezembro: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), Móveis e eletrodomésticos (-7,0%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).
Os dois grupos que não registraram taxa negativa foram os de Combustíveis e lubrificantes (1,5%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).
No comércio de varejo ampliado, que inclui outras categorias como veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas caiu 1,1% em dezembro, na série com ajuste sazonal.
Fonte: Brasil 247 com Infomoney
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