Ministra da Saúde também disse que há uma oferta limitada de doses
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou nesta quarta-feira (7) que o governo federal não deve criar a falsa expectativa de que a vacinação contra a dengue por si só será capaz de conter a epidemia no país.
"A vacina não pode ser vista como um instrumento mágico, porque precisa de duas doses. É um intervalos de três meses", disse Trindade a jornalistas, acrescentando que também há uma oferta limitada de doses, conforme citada pelo portal Terra.
Um estudo científico divulgado no final de janeiro revela que a vacina em desenvolvimento no Instituto Butantan contra a dengue demonstrou uma eficácia de 79,6% na prevenção da doença. A eficácia observada é comparável à registrada nos ensaios clínicos da Qdenga (80,2%), uma vacina contra a dengue desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda, que será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) este ano, administrada em duas doses.
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema de saúde pública. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil em 20 de janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica responsável pela Qdenga. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. A previsão é que o país receba 5,2 milhões de doses este ano. Inicialmente, a vacina será aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios. Para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses.
O contágio da população pela dengue explodiu no Brasil nas cinco primeiras semanas do ano, causando ao menos 40 mortes e atingindo 364,8 mil casos prováveis, quase quadruplicando o número de pessoas afetadas em relação ao mesmo período de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde.
Fonte: Brasil 247 com agências
Nenhum comentário:
Postar um comentário