sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Trabalhadores argentinos estão em estado de alerta e mobilização depois de repressão policial

 Central sindical permanece nas ruas com a palavra de ordem “A Pátria não se vende”

Argentinos protestam contra pacote de Milei (Foto: Reuters)

 A Central Operária da Argentina – Autônoma (CTA-A) permanece nesta sexta-feira (2) em estado de alerta e mobilização após a repressão policial aos manifestantes que rejeitaram as medidas do governo de Milei.

Na véspera, dezenas de pessoas, incluindo jornalistas, foram feridas com balas de borracha disparadas por policiais motorizados em frente ao Congresso durante o segundo dia consecutivo de protestos contra um pacote de leis apresentado pelo presidente Javier Milei, informa a Prensa Latina.

Além disso, as tropas usaram cassetetes, gás lacrimogêneo e caminhões com canhões de água para retirar os manifestantes das ruas e forçá-los a entrar em praças e calçadas.

Num comunicado, a CTA-A descreveu o que aconteceu como um ataque à democracia e às pessoas que defendem os direitos que conquistaram.

"A nossa Central exige que os deputados nos representem com dignidade e legislem pelo bem-estar dos trabalhadores e não pela voracidade das empresas transnacionais", afirma o texto.

O projeto debatido na Câmara, denominado Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, inclui aspectos altamente questionados como a atribuição de funções legislativas ao Executivo e o estabelecimento dos planos econômico, previdenciário, de segurança, de defesa, tarifário, emergencial, energia, saúde, administrativo e social.

"Denunciamos a operação absolutamente excessiva que culminou com pessoas feridas por balas de borracha, queimadas por spray de pimenta e detidas", acrescenta a mensagem do CTA-A.

Além disso, a central sindical condenou os ataques a jornalistas e deputados da Unão pela Pátria e da Frente de Esquerda.

"Declaramo-nos em estado de alerta e mobilização e exigimos a libertação imediata dos detidos. Voltamos a dizer que a Pátria não se vende, se defende", conclui.

Por sua vez, o Prémio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, denunciou a repressão e exigiu respeito pela Constituição.

Fonte: Brasil 247

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