O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
Intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimento no contexto da investigação sobre uma alegada tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) optou pelo silêncio na última quinta-feira (22). A mesma postura foi adotada por quatro generais que faziam parte de seu governo, incluindo os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI).
O almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, também escolheu não se manifestar. Por outro lado, o ex-ministro Anderson Torres (Justiça), o presidente do PL Valdemar Costa Neto e Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, responderam aos questionamentos da PF, conforme informações do jornal O Globo.
Ao todo, 23 pessoas foram intimadas como alvos da operação que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado, e 15 delas optaram por não se manifestar durante os depoimentos, que foram realizados de forma simultânea.
Quatorze depoimentos ocorreram em Brasília, quatro no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Paraná, um em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e outro no Espírito Santo.
Todos os convocados pela PF foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada há duas semanas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os depoimentos
O depoimento de Bolsonaro, realizado em Brasília, teve duração aproximada de 15 minutos. Em comunicado, sua defesa afirmou que o ex-capitão está disposto a prestar esclarecimentos assim que o acesso solicitado for garantido.
Os advogados de Bolsonaro, no entanto, solicitam o conteúdo completo da delação premiada do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e o acesso ao material dos celulares apreendidos dos demais investigados.
Já Valdemar Costa Neto, presidente do PL, optou por falar durante seu depoimento. Investigadores afirmam que, inicialmente, ele indicou que seguiria a mesma estratégia do ex-chefe do Executivo, mas posteriormente decidiu colaborar.
Valdemar Costa Neto. — Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo.
Aliados de Valdemar relatam que ele compareceu à PF com a intenção de depor, buscando diferenciar sua postura dos demais alvos.
Além de Valdemar, outros que responderam aos questionamentos da PF incluem o ex-ministro Anderson Torres (Justiça), Filipe Martins (ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência), Tércio Arnaud (ex-assessor), Bernardo Romão Correa Netto (assistente do Comando Militar Sul) e o coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães.
Entre os quatro generais intimados, Braga Netto e Heleno passaram cerca de uma hora no prédio da Superintendência da PF, em Brasília, enquanto Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mário Fernandes (interino no comando da Secretaria-Geral) optaram pelo silêncio.
Fonte: DCM com informações do jornal O Globo
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