"Devemos fazer o máximo de obras, mas dentro dos limites fiscais propostos pelo ministro Haddad", afirmou o ministro dos Transportes
No comando da pasta dos Transportes, Renan Filho destacou a importância de manter os investimentos dentro dos limites fiscais propostos por Fernando Haddad, em entrevista concedida à Folha de S. Paulo. "Devemos fazer o máximo de obras, mas dentro dos limites fiscais propostos pelo ministro da Fazenda", afirmou.
Ele defende a manutenção da meta de zerar o déficit das contas públicas neste ano, salientando que "a responsabilidade para o cumprimento do arcabouço fiscal está colocada nos três Poderes e em vários ministérios. Não só na Fazenda."
Renan Filho critica a pulverização excessiva de emendas parlamentares, alertando para a compressão do gasto do Executivo e defende a necessidade de estabelecer limites: "O tamanho precisa ser regulado. É preciso um limite."
Sobre a mudança da meta de déficit, o ministro é firme em defender sua manutenção, destacando que "não cumprir a meta tem implicações importantes" e que é necessário acionar gatilhos anticíclicos para garantir a sustentabilidade fiscal.
Ele também aborda a política de investimentos, enfatizando: "Não acredito que investir mais do que o país pode investir com sustentabilidade fiscal vá resolver o problema da economia."
Renan Filho destaca a conclusão da ferrovia Norte-Sul e menciona o desejo de expandir as linhas ferroviárias para o transporte de passageiros, ressaltando a importância de investir dentro das condições fiscais do país. No entanto, ele descarta a viabilidade imediata do trem-bala devido ao alto custo e a falta de recursos públicos disponíveis: "O trem-bala custa R$ 50 bilhões. Não tem conexão com a realidade fiscal do Brasil no momento."
Fonte: Brasil 247 com entrevista concedida à Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário