Em novembro de 2022, um plano para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder estava sendo elaborado em uma casa no Lago Sul de Brasília. O local, que antes abrigava o comitê de campanha do então presidente, agora era um quartel-general (QG) do golpe. Com informações do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
O general Walter Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, liderava o QG. O militar recebia convidados com frequência, incluindo líderes do acampamento montado em frente ao Forte Apache, onde fica o comando do Exército.
Filipe Martins, assessor especial do ex-presidente, era outro visitante frequente do QG. Segundo a Polícia Federal (PF), Martins foi o responsável por elaborar a minuta golpista que foi entregue por Bolsonaro aos comodantes das Forças Armadas após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A participação de parlamentares bolsonaristas ainda não entrou na mira dos investigadores, mas levanta questões sobre o envolvimento do grupo no planejamento do decreto golpista.
A PF afirmou que a primeira minuta foi apresentada ao então presidente no dia 19 de novembro, um sábado, no Palácio da Alvorada. Nessa semana, deputados e senadores bolsonaristas visitaram o GQ.
Dois dias antes da primeira versão do decreto ser levada ao ex-chefe do Executivo, os deputados federais Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Osmar Terra (MDB-RS) e os senadores Guaracy Silveira (PP-TO) e Eduardo Girão (Podemos-CE) estiveram no GQ do golpe.
Os parlamentares alegaram que foram ao local para discutir a auditoria das urnas que o PL havia encomendado a uma empresa particular e às Forças Armadas.
A PF tem mensagens, áudios e outros registros que podem ajudar a ligar os pontos e identificar quem estava envolvido na trama golpista.
Fonte: DCM com informações da coluna do Rodrigo Rangel, do Metrópoles
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