sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Pretos e pardos, que são 55% da população brasileira, somam 69% dos que contam com menor acesso a saneamento básico

 Conforme Censo do IBGE, amarelos e brancos têm mais acesso a condições ideais de saneamento básico e têm maior presença de banheiro nos domicílios.

No Brasil, o índice de pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas conectadas a serviços e condições ideais de saneamento básico, como acesso a rede de esgoto e banheiros, é inferior do que entre amarelas e brancas, segundo o Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios.

Os dados foram divulgado nesta sexta-feira (23/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o IBGE, nacionalmente, amarelos e brancos têm mais acesso a condições ideais de saneamento básico e maior presença de instalações sanitárias nos domicílios.

No recorte da população residente em residências com rede de esgoto coletora, pluvial ou fossa séptica, há uma predominância de amarelos (91,8%) e brancos (83,5%). Logo em seguida vem pretos (75%), parda (68,9%) e indígena (29,9%).

Vale ressaltar que o percentual de indígenas não necessariamente corresponde ao total da população indígena no país, mas sim aqueles que se autodeclararam durante o recenseamento.

Distribuição geográfica influencia desigualdades

O IBGE explica que tais desigualdades podem, em parte, ser atribuídas à distribuição geográfica dessas populações. Tendo em vista a grande proporção de brancos e amarelos em municípios que apresentam melhores condições de saneamento básico.

Ainda de acordo com o Censo Demográfico 2022, mesmo saindo da análise na esfera das cidades, essas diferenças permanecem consideráveis entre cor ou raça.

Além disso, todos os 20 municípios brasileiros com maior população, as condições de acesso a coleta de lixo, esgotamento sanitário e abastecimento de água apresentam marcas melhores entre a população branca do que para a preta, parda ou indígena.

Entre essas cidades, os menores índices ficam divididos da seguinte maneira:

  • Amarela: 59,6 Maceió (AL)
  • Indígena: 60,1 em Manaus (AM)
  • Preta: 64,1 Maceió (AL)
  • Parda: 65,1 Maceió (AL)
  • Branca: 72 Maceió (AL)

Já as maiores são:

  • Amarela: 99,6 Curitiba (PR)
  • Branca: 98,9 Curitiba (PR)
  • Preta:  97,9 Curitiba (PR)
  • Parda: 97,7 Curitiba (PR)
  • Indígena: 97,2 Curitiba (PR)

Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles.

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