quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Prerrogativas: Bolsonaro expõe 'desespero' e 'farsa' ao convocar ato na Avenida Paulista

 O ex-mandatário poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos caso seja processado e condenado por crimes relacionados à tentativa de golpe

Marco Aurélio Carvalho e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters/Adriano Machado)

 Coordenado por Marco Aurélio Carvalho, o grupo Prerrogativas, formado por juristas, advogados, defensores e professores da área do Direito, criticou nesta quinta-feira (15) o ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) para 25 de fevereiro, na avenida Paulista, na cidade de São Paulo (SP). Se o ex-mandatário poderá pegar uma pena de até 23 anos de prisão e ficar inelegível por mais de 30 anos caso seja processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito e associação criminosa. 

De acordo com a entidade, Bolsonaro teve uma atitude "manipuladora e enganosa". O Prerrogativas também afirmou que o político do PL está em "desespero" após a Polícia Federal (PF) iniciar na semana passada a Operação Tempus Veritatis ("A hora da Verdade"), com o objetivo de ter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. 

"Sua pretensão de refutar acusações no ato público não surtirá efeito ou influência sobre o normal andamento das apurações e consequências judiciais da tentativa de golpe de Estado perpetrada. Pouco importa se, dessa vez, os seus seguidores estiverem excepcionalmente contidos, ocultando seu saudosismo da ditadura militar e seu ódio visceral contra os líderes e instituições da democracia. De nada adiantará", afirmou. 

"Esse ato bolsonarista na avenida Paulista tem todas as características de uma grande farsa, insuficiente para convencer a opinião pública da inocência de Bolsonaro em relação aos crimes que praticou", completa o Prerrogativas.

Tempus Veritatis

A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

Fonte: Brasil 247

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