Publicação inédita oferece orientações para combater o racismo e promover a inclusão durante a folia na capital baiana
A Prefeitura de Salvador lançou uma cartilha de combate ao racismo destinada aos foliões que participam do Carnaval 2024 na capital baiana. Elaborado em parceria com o Instituto Commbne, o material educativo tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de evitar palavras e expressões que perpetuam o racismo, visando construir um ambiente festivo mais inclusivo e respeitoso.
Intitulada "Não deixe o racismo estragar nossa folia", a cartilha apresenta orientações didáticas para os foliões, buscando sensibilizá-los sobre a importância de eliminar práticas discriminatórias e promover a igualdade racial. Segundo Renata Vidal, secretária municipal de Comunicação, a publicação é um instrumento eficaz para abordar temas fundamentais durante o período carnavalesco, uma vez que a cidade recebe visitantes de todo o mundo.
A cartilha enfatiza a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo como prioridades da gestão municipal. Através de políticas públicas consolidadas e intersetoriais, incluindo campanhas e ações educativas, a Prefeitura busca sensibilizar e conscientizar os cidadãos sobre a importância do respeito à diversidade. A comunicação antirracista é apontada como uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
O Instituto Commbne, sediado em Salvador, destaca a importância de contribuir para o enfrentamento ao racismo durante o maior carnaval do mundo. A diretora geral da organização, Midiã Noelle, ressalta o compromisso ético com a ancestralidade e memória da população negra.
“Para o Instituto Commbne, que conecta pautas sobre comunicação, inovação, raça e etnia, contribuir para o enfrentamento ao racismo no maior carnaval do mundo, o de Salvador, é uma honra! Temos um compromisso ético com a nossa ancestralidade e memória. Por isso, precisamos cuidar dos direitos da população negra de todas as formas, sobretudo através da nossa fala e formas de expressão. Racismo é crime e comunicação é um direito humano fundamental”, destacou Noelle.
A cartilha oferece alternativas para substituir expressões racistas comuns, como incentivo para que os foliões adotem uma linguagem mais inclusiva e respeitosa durante a festa. A cartilha traz uma lista de alternativas para substituir expressões racistas, como: em vez de falar “a coisa tá preta”, usar “a coisa está complicada”, ou em bom baianês “é laranjada”. Outro exemplo é usar “difamar” ou “caluniar” em vez de “denegrir”. O encarte ainda recomenda não falar “cabelo ruim”, mas “cabelo crespo, cacheado”. E alerta: “Lembre-se: ruim é o racismo”!
Fonte: Brasil 247
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