quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

PM de Tarcísio já matou 43 pessoas desde o fim de janeiro na Baixada Santista

 Levantamento revela aumento da letalidade policial na região após morte de soldado da PM em serviço

PM de São Paulo e Tarcísio de Freitas (Foto: Polícia Civil de SP/Twitter | ABR)

Desde o fim de janeiro, a atuação da Polícia Militar do governo Tarcisio na Baixada Santista tem sido marcada por uma escalada preocupante de violência, com o registro de pelo menos 43 mortes decorrentes de ações policiais. O levantamento, baseado em dados do Ministério Público de São Paulo, revela um cenário alarmante que tem gerado críticas e levantado questões sobre os métodos empregados pelo governador de São Paulo.

De acordo com reportagem do Metrópoles, a matança teve início após a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, em 26 de janeiro. Desde então, a região testemunhou uma onda de mortes violentas ligadas a intervenções policiais, com destaque para a chamada Operação Verão, lançada logo após o assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo, em 2 de fevereiro.

Os dados revelam que, entre 28 e 31 de janeiro, ocorreram 10 casos de mortes, incluindo três envolvendo policiais militares fora de serviço, no Guarujá. Após um breve período sem registros, as mortes cometidas por PMs recomeçaram, totalizando 30 casos durante a Operação Verão, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) até o dia 20 de fevereiro.

De acordo com o levantamento do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), entre 3 e 19 de fevereiro, foram registradas 32 mortes por PMs em serviço nas cidades de Santos, Guarujá, São Vicente, Cubatão, Mongaguá e Itanhaém, sendo um dos casos praticado por um policial fora do horário de serviço. Com a inclusão do incidente ocorrido em 20 de fevereiro, em Santos, o número sobe para 33 mortes apenas neste mês na região.

A letalidade das ações policiais na Baixada Santista tem sido objeto de críticas, inclusive com apelações à Organização das Nações Unidas (ONU). A operação, anteriormente conhecida como Operação Escudo, foi renomeada este ano para Operação Verão, mas os resultados têm se mostrado igualmente trágicos, levantando questionamentos sobre os métodos empregados.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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