Polícia Federal ainda não definiu uma nova data para o depoimento do ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro
A Polícia Federal decidiu adiar o depoimento do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), em relação ao suposto esquema de espionagem ilegal de críticos e oporitores da gestão do ex-mandatário realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, a assessoria da PF confirmou o adiamento, mas sem divulgar uma nova data. O pedido de adiamento teria partido do próprio Heleno.
Em declarações anteriores, Heleno negou qualquer participação no uso do software First Mile, principal ferramenta que teria sido utilizada pela chamada "Abin Paralela". Na época, a agência de inteligência era subordinada ao GSI. As suspeitas indicam que, durante o governo Bolsonaro, a Abin possa ter utilizado o software para monitorar ilegalmente autoridades públicas, incluindo governadores e membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ministros do STF acreditam que a criação de uma 'Abin paralela' só seria possível com o aval de Jair Bolsonaro e do ex-chefe do GSI.
Durante a operação da Polícia Federal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Abin no governo Bolsonaro, Heleno afirmou que não havia motivos para ser intimado pela PF, pois já havia prestado esclarecimentos à CPMI dos atos golpistas do 8 de janeiro. Entretanto, a análise das notas taquigráficas das comissões não revelou qualquer declaração de Heleno sobre a Abin paralela.
Durante a operação de busca e apreensão no último dia 25, a Polícia Federal encontrou na casa de Ramagem (PL-RJ), documentos relacionados a uma ação da Abin em comunidades do Rio de Janeiro. Além dos documentos, um celular e um notebook pertencentes à Abin também foram apreendidos em poder do ex-chefe da agência de inteligência.
Fonte: Brasil 247 com informação da coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1
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