O acordo de colaboração premiada pode ser cancelado se for comprovado que o beneficiário escondeu informações dos investigadores
Investigadores da Polícia Federal (PF) deverão chamar o tenente-coronel Mauro Cid, para esclarecer se houve omissões de fatos importantes nos depoimentos do militar em sua delação. A informação foi publicada nesta sexta-feira (9) pela coluna de Graciliano Rocha, no portal Uol. O acordo de colaboração premiada pode ser cancelado se for comprovado que o beneficiário escondeu informações dos investigadores.
A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal em setembro do ano passado, resultando na saída de Cid da prisão, após quatro meses. Ele ficou em domicílio sob monitoramento de uma tornozeleira eletrônica. O militar havia sido preso em maio de 2023 no curso de uma operação para apurar fraudes em cartões de vacinação da família de Jair Bolsonaro (PL).
Em um dos depoimentos incluídos na delação premiada que ele firmou com a Polícia Federal, Mauro Cid afirmou que consultou militares, para saber como poderia aplicar um golpe.
A PF iniciou esta semana a Operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), para identificar e punir os envolvidos em um plano de golpe no Brasil. A tentativa de golpe previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Bolsonaro.
As investigações apontaram que, no entorno do ex-mandatário, havia seis núcleos formados por bolsonaristas que defendiam uma ruptura institucional. De acordo com a PF, um documento com argumentação golpista na sede do PL, em Brasília (DF), estava na sala Bolsonaro, que já está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro.
Fonte: Brasil 247
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