terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Padre investigado nega senha de celular à PF: necessidade de preservar segredos “profundos” de fiéis

Religioso é citado como integrante do núcleo jurídico de golpistas que pretendiam impedir posse de Lula

Um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado, o padre José Eduardo de Oliveira e Silva entregou seu aparelho celular aos agentes, mas se recusou a fornecer as senhas. Alegou que precisa preservar o “sigilo sacerdotal” por guardar os segredos “mais profundos” de seus fiéis, entre os quais ele dizem estar prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores, deputados federais e estaduais e senadores, como explicou em uma live na quinta-feira (8).

 “Graças a Deus, como teólogo e filósofo, muitas pessoas se consultam comigo, do Brasil inteiro”, afirmou. Nas redes sociais, ele conta com mais de 340 mil seguidores.

A Polícia Federal identificou o padre como participante de uma reunião ocorrida em 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto. Nesse encontro, teria sido discutida uma minuta golpista com o objetivo de impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O padre é citado nas investigações como como integrante do núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, José Eduardo postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa. Na legenda, escreveu: “Uns confiam em carros, outros em cavalos. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos.”

Em nota, o sacerdote afirmou que, em relação ao inquérito da PF, sua posição sobre o assunto é “clara” e “inequívoca”, e diz estar à disposição da Justiça.

Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL

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